Nas trilhas da Informação: A FCI nos 60 anos da UnB

O ano era 1962, mais precisamente em 21 de abril, data que tornou referência para a Capital Federal, inaugurava-se a Universidade de Brasília (UnB). Seu projeto, considerado inovador para o período, previa em sua estrutura um curso de Biblioteconomia e um de Museologia associados a uma Biblioteca Central e aos Museus de Arte e da Civilização Brasileira. Mesmo sem a previsão de um Curso de Arquivologia previsto na estrutura original, logo esse espaço seria criado dado que toda instituição necessita de um lugar para guardar os documentos gerados na execução de suas atividades finalísticas.

Passados 60 anos, a Universidade de Brasília possui os três cursos de graduação – Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia – e uma Pós-Graduação em Ciência da Informação, instaurados em momentos distintos da trajetória da instituição.

O processo de estruturação dessa área da Informação na UnB pode não ter sido necessariamente previsto por aqueles homens e mulheres que, no início dos anos 1960 sonharam com a UnB. Mas se o foi, podemos inferir que outras questões nortearam tal idealismo, ou seja, indagações e desafios da época que não são os mesmos da atualidade. Nos lembremos sempre que seus criadores viviam como nós hoje, ou seja, vendo o futuro com indeterminação. Procuravam, como nós, fazerem com que o futuro fosse o desejado e buscaram caminhar em direção a ele.

A exposição ‘Nas trilhas da Informação: a FCI nos 60 anos da Universidade de Brasília’ propõe-se a contar essa trajetória de constituição da Faculdade de Ciência da Informação. Não para reconstituir uma história - tarefa praticamente impossível - mas para propor uma forma de compreensão das ações de idealizadores que ao longo dos sessenta anos da instituição estruturaram o Arquivo Central (2014) e o Curso de Arquivologia (1990), a Biblioteca Central e o curso de Biblioteconomia, os Museus Universitários e o Curso de Museologia (2008), assim como sua pós-graduação.

Poderemos observar na exposição que ora se apresenta que os cursos e as instituições não foram criados linearmente, o que reforça nossa intenção de compreender a trajetória dos seus criadores, ou seja, entender como elas/eles ocuparam certas posições em um espaço institucional em devir constante, constituído por transformações contínuas.

Comissão Organizadora

‘Nas Trilhas da Informação: A FCI nos 60 anos da UnB’